O que é controle de loudness e por que se preocupar com isso?
Uma prática comum adotada para chamar atenção dos telespectadores é aumentar automaticamente o volume durante a transmissão de comerciais ou chamada para algum programa. Com a propagação da TV digital, a televisão ainda é considerada o principal meio de informação para mais da metade dos brasileiros. Por esse motivo, continua sendo um espaço bastante concorrido para anúncios publicitários. De acordo com o levantamento realizado pela Kantar Ibope Media, as emissoras abertas atraíram a maior parte da verba destinada à compra de espaço publicitário (53,6%), seguidas pelos canais fechados (13,2%).
Para regulamentar o controle do áudio entre os programas e os intervalos comerciais das emissoras de televisão, em maio de 2013 foi sancionada a Lei 12.810/2013, que estabelece a obrigatoriedade do controle de loudness — proibindo as estações de alterarem o som dos breaks comerciais.
Diante da mudança na legislação, emissoras devem seguir uma série de orientações técnicas para o cumprimento da norma. A padronização do áudio de toda a grade de programação é a principal delas, evitando assim a elevação ou diminuição de volume na transição da programação para o intervalo comercial das emissoras.
Entenda o que é controle de loudness, por que essa norma foi criada e como sua emissora ou programadora podem se adaptar a ela.
O que é controle de loudness
A norma brasileira de loudness tem como objetivo manter os níveis de áudio agradáveis ao telespectador na transição entre um programa e um intervalo comercial. De acordo com a regra do controle de loudness, o áudio entre os programas e os anúncios publicitários deve ser padronizado de forma que a sua variação não ultrapasse 2 LU — unidade de medida relativa da intensidade subjetiva de áudio.
Portanto, as emissoras devem, obrigatoriamente, controlar os sinais de áudio de modo que não haja elevação injustificável de volume nos intervalos comerciais, uma das grandes reclamações dos telespectadores.
Para orientar as produtoras e agências no cumprimento da legislação, a Associação Brasileira das Produtoras de Fonogramas Publicitários (APROSOM) divulgou os procedimentos e padrões necessários às produções audiovisuais publicitárias para efetuar o controle de Loudness.
A assessora de tecnologia da Abert, Monique Cruvinel revela que, para se adequarem à legislação vigente, as emissoras de TV devem investir na aquisição de um aparelho que realiza a medida de loudness seguindo o padrão EBU R-128-2011. No entanto, além desta iniciativa, é necessário ainda contar com pessoal capacitado para uso da tecnologia.
“O controle da medida de loudness não é simples. Além de investir em equipamentos que efetuam esse controle, é necessário que a emissora adapte o seu processo de produção a esse controle. O ideal é que um técnico acompanhe a entrada da programação e dos comerciais, em um trabalho contínuo, até que toda a programação esteja adequada ao limite estabelecido”, explica.
Quando uma emissora não possui equipamentos e pessoal capacitado para efetuar o controle de loudness, dificilmente conseguirá adaptar o controle do nível do áudio da sua programação à legislação vigente, podendo ser penalizada, em caso de descumprimento da norma.
Por que sua emissora deve se preocupar com o controle de loudness?
Apesar do controle de loudness ter sido estabelecido por lei em 2001, somente em 2013 a padronização do volume do áudio dos comerciais veiculados nos intervalos da programação das TVs abertas foi devidamente regulamentada — tornado a adaptação obrigatória para todas as emissoras do país. As emissoras de TV que operam no sistema digital e descumprirem a legislação vigente serão penalizadas com multas e sanções graves.
A TV Globo foi a primeira emissora a declarar publicamente sua adaptação à nova regulamentação. Para efetuar o controle de loudness, as emissoras devem investir na implementação de equipamentos que façam a medição dos parâmetros de loudness e permitam a realização dos ajustes necessários.
É possível realizar o controle de loudness de forma automatizada através de um hardware ou software de edição específicos para essa funcionalidade. O Digilab Playout é um exemplo de solução que possui o controle de Loudness embarcado e permite à sua emissora promover uma programação linear de forma segura ou ainda operar como exibidor de comerciais ou playout de jornalismo, atendendo as necessidades e peculiaridades de cada tipo de operação.
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